terça-feira, 9 de junho de 2020

A Chatice do Politicamente Correto

A vida politicamente correta está chata demais no mundo todo.

Aderir a pautas e correntes que a mainstream mídia define como as únicas e corretas é questão de sobrevivência.

Se ousar desafiar, questionar ou simplesmente argumentar é execrado. Discordar então é suicídio, pessoal, do seu negócio ou marca.

Ninguém tem mais direito a opinião própria, não há mais debate e o contraditório é uma raridade pelo perigo de ofender as certezas de "intelctualóides" arrogantes que definem de cima pra baixo o que é certo ou errado. Só tem vez pra cordeiro que bate palmas pra ditadura da mídia.

Como esse mundo ficou chato pra quem pensa...andamos muito pra trás na liberdade de expressão.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

PCTS - Post Corona Traumatic Stress

PCTS – Post Corona Traumatic Stress

Isolado aqui na fazenda de um grande amigo que está morando em Portugal, vendo TV homeopaticamente, não me aprofundando nas redes sociais desde que aqui cheguei, e, anestesiado das notícias trágicas, palpiteiros de plantão e "certezas" certas e incertas, faço algumas reflexões que vão além do momento em si, depois de um longo papo com meu bom e velho pai, também totalmente isolado lá no Rio.

Os efeitos de uma tragédia como a que estamos passando irão muito mais longe do que qualquer um de nós, com essa boa vida que sempre tivemos, pode imaginar. Tiro essa conclusão não de teorias econômicas ou dessa numerologia das pesquisas e jornais cuja base científica em momentos cisne negro são absolutamente irrelevantes, mas da experiência familiar.

Quanto aos temas econômicos, pouquíssimo conhecimento tenho e já estamos inundados de opiniões de gente competente, minhas conclusões são a de um ignorante que acha que quedas de PIB medidas com casas decimais e com menos de dois dígitos e previsões de retomada já para o próximo ano são quase uma piada de mau gosto quando se imagina a grande maioria dos negócios sem qualquer faturamento, uma destruição de valor impossível de precisar e milhões de empregos perdidos a cada semana. Ou esses números são divulgados para evitar um suicídio em massa, ou são mesmo um insulto a nossa inteligência.

Quanto as medidas de mitigação, me parece relativamente óbvio que despejar dinheiro sem controle pra acalmar os efeitos da pandemia em um pais em que histórica e culturalmente se rouba do esparadrapo no hospital a merenda na escola é a melhor maneira de se criar uma dívida futura impagável, garantindo que essas benesses não cheguem nem perto de quem mais precisa. Essa sangria vai fazer a lava jato parecer brincadeira de criança e as economias da reforma da previdência serão uma gotinha de água na chapa quente.

Já na área de saúde pública, isolamento horizontal ou vertical? Não tenho a menor idéia, mas sou obrigado a concordar que o remédio já está fazendo muito mais mal do que a doença e de forma irreversível. Arrisco ainda um palpite de que essa crise é mais de medo e burrice global, inflamados pela mídia e muito bem aproveitados pela politicagem.

Voltando a conversa de hoje cedo com meu pai, que me trouxe a esse desabafo, o que fica de mais grave de um momento como esses é o trauma - e quem teve família que passou por uma guerra pode testemunhar. O consumo NUNCA mais será o mesmo para quem passa por isso.

Antes de voltar ao passado, um exemplo mais próximo de nós é o 11 de setembro, como diz um artigo recente do blog do “Collaborative Fund”, Wounds Heal, Scars Last e exemplifica com a questão de que ao se passar pelo Pentágono, não há traços do avião que adentrou suas paredes, enquanto que a três minutos dali, no aeroporto, sapatos, casacos, cintos e pastas de dente nas bandejas, levantem os braços, esvaziem seus bolsos e garrafinhas d’água, tudo fruto do trauma que dificilmente cederá.

Indo mais longe pra exemplificar com a história da minha família, focando só na questão econômica e deixando de lado as violências e humilhações sofridas, meus avós eram os “Severiano Ribeiro" do Cairo, tinham uma rede com mais de dez cinemas, moravam em uma mansão na praia, tinham casa de final de semana, viagens, carrões, empregados e tudo mais que o dinheiro podia proporcionar a uma família Egípcia próspera na época.

De um dia para o outro, Nasser expulsou os judeus do Egito, pelo simples fato de serem judeus, e confiscou todos os seus bens, ou seja, meus avós, meus pais e seus irmãos adolescentes foram arrancados de suas casas e extorquidos de todos os seus bens e negócios, sendo obrigados a entrar no navio que tivesse vaga, sem sequer poder escolher o destino. Cada pedaço da família foi para uma parte do mundo, estando hoje espalhados entre Brasil, Israel, França, Inglaterra, Canadá e os Estados Unidos.

Meu pai e família chegaram ao Brasil, um dos países que recebia esses refugiados na época, sem um centavo no bolso e sem noção da língua, onde a colônia judaica tinha montado uma rede de suporte que antes de mais nada impedia que morressem de fome e gradativamente lhes ensinavam português, encontravam casa e trabalho.

Começaram, meu avô já com mais de 50 anos na época, do zero e conquistaram muito, trabalhando feito uns condenados, sem choramingadeira, reconstruíram totalmente suas vidas.

O que esse exemplo deixa em comparação ao que acontece hoje é que, apesar deles terem renascido, passados mais de 70 anos do trauma, por todos os ramos da família esparramados pelo mundo e com o qual tenho algum tipo de convívio e comunicação, seus hábitos de consumo JAMAIS foram os mesmos. Posso assegurar que todos, até hoje, por melhor que seja a sua situação e por mais tempo que tenha passado o motivo do trauma, acordam com medo de não poder dar o sustento mínimo a família no dia seguinte e criam mecanismos de defesa, muito comuns aos judeus que passaram por perseguições que geram traumas como esse desde o início de sua existência. Esses mecanismos não são bons para a economia.

O que estamos passando, dessa vez em escala mundial e não exclusiva a um povo ou região, é comparável ao que passaram os judeus a cada ordeal. A tese de "memória curta” para eventos com esse nível de trauma não funciona, ela passa de geração em geração e muda hábitos para sempre, ou pelo menos a longuíssimo prazo.

Ou seja, devemos estar preparados para um longo período onde todo consumo será extremamente cauteloso, um enorme ciclo de crescimento lento, de poupança exagerada, de geração pífia de empregos, onde só serão abertos novos negócios por quem tiver reservas para aguentar um bom tempo sem faturar na próxima crise, com uma diminuição drástica pelo apetite a risco nos negócios e nos investimentos, ou seja, com impacto sem precedentes no mercado de consumo, que obviamente afeta todo o resto da cadeia. O foco será no essencial, nos custos fixos baixos, mais no valor real das coisas do que no percebido, e, é aí que estarão as oportunidades. Fumaça não vai fazer mais efeito.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Criminalidade no Brasil, fácil de entender e difícil de resolver...

Participei ontem de um encontro sobre segurança pública do nosso grupo Rio Vamos Vencer, que teve como palestrante o membro Roberto Motta, principal ator da área no atual governo do Rio de Janeiro, e, é um estudioso e profundo conhecedor do tema criminalidade. 

De trás pra frente, a boa notícia é que a criminalidade tem cura e a má é que está muito longe de ser simples, é um processo de longo prazo, que felizmente já está em movimento mas vai continuar enfrentando muitas barreiras. 

Algumas convicções bem óbvias que eu já tinha, que se precisa levar em conta ao traçar qualquer política de segurança e que o Roberto confirmou por meio de estatísticas, estudos de universidades, institutos de pesquisa e cientistas renomados, são as seguintes:

1. A criminalidade é uma escolha e jamais uma consequência de situação econômica, escolaridade/educação, falta de oportunidades ou desigualdade social. Tanto que, (i) é uma minoria que escolhe essa “carreira” e (ii) países em situações bem piores do que a nossa  tem índices de criminalidade infinitamente menores. 

2. Essa “escolha” pela bandidagem, em qualquer lugar do mundo, leva em conta duas perguntas que são feitas instintiva e subconscientemente, que são: (i) qual a chance de ser pego/preso, e, (ii) se eu for preso, quais as consequências/desdobramentos. 

As respostas por aqui são muito claras, (i) a chance de ser preso é ínfima, e, (ii) as consequências são das mais brandas, por conta de toda a legislação penal benevolente, que vai da audiência de custódia a progressão de pena, aos auxílios, as visitas íntimas, aos presídios faccionados, aos celulares, tudo isso agravado por um judiciário conivente, leniente, e, que irresponsavelmente se arvora uma função de proteção social do criminoso, ignorando completamente as perdas, sofrimento e mazelas que esses bandidos infligiram as vítimas, essas sim as legítimas merecedoras de proteção e justiça. 

3. Neste cenário, a escolha pela criminalidade é bem simples, por trazer consequências irrelevantes. O Brasil cria condições favoráveis ao banditismo, pela legislação de proteção ao criminoso totalmente equivocada (não se pode mais chamar bandido de bandido e menor que mata e estupra leva uma bronca e nos casos mais atrozes não passa mais do que 8 meses na “jaula”), pela irresponsabilidade do judiciário aparelhado e apoiado pela imprensa que ideologicamente vitimiza e quer beneficiar o culpado, demonizar a polícia e, com raras exceções, ignorar as verdadeiras vítimas. 

4. A imprensa e frentes de proteção dos direitos humanos martelam algumas falácias que atendem a sua ideologia, como por exemplo, as teses furadas e desmontadas por estatísticas sérias:

(i) O Brasil Prende Muito

Não é verdade, na realidade estamos na rabeira de prisões por número de habitantes (posição 23 se incluirmos a turma em progressão e 60 se excluirmos quem já está formalmente preso, mas, de fato, curtindo a vida como se nada tivessem feito). Países seguros como os EUA estão no topo do ranking, com mais do dobro do percentual tupiniquim.

(ii) Prisão Não Reabilita, Não Ressocializa

É verdade, a triste realidade é que a grande maioria dos bandidos que cometem crimes sérios não tem “cura”, eles já estavam socializados e escolheram o crime, qual seria a alternativa? Deixá-los soltos para que continuem roubando, matando, estuprando? 

A melhor, com boas chances de ser a única, alternativa é manter bandidos que cometam crimes graves presos e longe da sociedade o máximo que for possível, a quase totalidade desse tipo de criminoso, dada uma oportunidade, reincide, e por múltiplas vezes.

(iii) Superlotação Carcerária 

É verdade, exagerada pela imprensa e as ONGs com as imagens de gente pendurada nas grades, mas é tristemente igual na maioria dos países do primeiro mundo, não é pra ser SPA, pode e deve melhorar, custa pouco frente ao que se desperdiça no Brasil, e é só uma decisão política, que não da voto e fica na gaveta.

Certamente que essa minha avaliação é simplista, há muito mais coisa errada no sistema, mas só com esses pilares básicos ela já é corroborada pelo que a gente assiste ao vivo acontecer todo dia na nossa cidade. As premissas e causas dessa escalada são simples, são óbvias, não precisa ser especialista, não precisa ser gênio.

Se a solução não passar por chamarmos bandido de bandido e de tratar bandido como bandido, vamos continuar enxugando gelo e vendo familiares e amigos vitimizados por essa corja, assaltados, violentados, apavorados, enquanto os criminosos continuam desfrutando da boa vida que o judiciário e o arcabouço legal lhes proporciona.

Já passou há muito tempo da hora de mudar as leis, de modernizar e valorizar as polícias e de reformar o sistema carcerário para que não se continue cometendo crimes de dentro dos presídios, de acabar com benesses a criminosos, de se preocupar com as vítimas.

É um desafio gigantesco, mas se o objetivo for mudar as respostas as duas perguntas que transformam um indivíduo em bandido, ou seja, (i) a chance de ser preso for grande, e, (ii) quando eu for preso, vou permanecer preso por muito tempo, já estaremos na direção certa.

Como nota pessoal, não sou mero espectador, senti na pele o que é essa injustiça, impunidade e facilidade que é ser bandido no nosso Rio de Janeiro. Minhas duas filhas já foram violentamente assaltadas, uma, empurrada no chão e a mais recente, de apenas 14 anos de idade, teve uma faca enferrujada encostada em sua barriga para levarem seu celular, em pleno Leblon. O bandido, identificado por foto na delegacia, é figura conhecida, com ficha há 17 anos e inúmeras passagens pela polícia. Faz "carreira" na profissão. Dá pra continuar assim?






sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Harvard Business School - Launching New Ventures

Ricardo Samuel Goldstein e Ricardo Ribeiro Bellino sobre o curso Launching New Ventures (LNV) em Harvard Business School (HBS) - Boston - 2009 - Artigo da GAZETA MERCANTIL

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ódio a Israel disseminado nas Olimpíadas



O judoca egípcio, Islam El Shahaby, se desgraçou e ao seu pais nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro na última sexta-feira. Essa desgraça não foi resultado da sua incapacidade de ganhar uma medalha, nem da sua derrota para o atleta israelense, Or Sasson. Foi, sim, resultado da conduta anti-esportiva e vergonhosa que exibiu. Ao perder a luta, saiu sem o cumprimento tradicional ao oponente - uma atitude inédita numa olimpíada - e para completar, se recusou a apertar a mão estendida do israelense.
A conduta inaceitável do lutador gerou vaias do público e o juiz ordenou que El Shahaby voltasse ao tatame e cumprimentasse o oponente, o que ele fez de forma patética, provocando ainda mais vaias da platéia. O Israelense ignorou o insulto e seguiu para coletar a medalha israelense.
Sasson esperava a esnobada do egípcio, mas decidiu estender sua mão de qualquer forma, mostrando respeito ao oponente. Cumprimentar e mostrar respeito ao adversário é algo que "fui educado a fazer", comentou o judoca.
A conduta desprezável do egípcio El Shahaby não é uma anomalia, apenas reflete o que é norma entre os atletas de nações muçulmanas. Rotineiramente se engajam em condutas danosas as suas reputações e das nações que representam. 
No início dos jogos do Rio, a delegação Libanesa se recusou a deixar que membros da equipe israelense embarcassem no ônibus em que estavam. Os israelenses foram forçados a encontrar transporte alternativo. Na sequência deste incidente, um judoca saudita forjou uma contusão num esforço deliberado de evitar uma luta contra um israelense. Em junho deste ano, um boxeador Sírio desistiu de uma luta contra um oponente israelense no torneio mundial de boxe no Azerbaijão, perdendo a chance de se qualificar para as Olimpíadas.  
Em junho de 2013, em um dos mais bizarros incidentes de conduta anti-esportiva, uma atleta de luta greco-romana mordeu as costas de sua oponente israelense a ponto de sangrar. O Egípcio foi suspenso enquanto a israelense, Ilana Kartysh, recebeu a medalha de ouro.
O incidente envolvendo El Shahaby é só um exemplo do que vem se repetindo há décadas, seguindo casos como o judoca Ramadan Darwish se recusando a cumprimentar e apertar a mão do israelense Arik Ze’evi (Link para o vídeo) em um torneio em 2011 e do Iraniano que se recusou a apertar a mão do levantador de peso israelense Sergio Britva, em um torneio de LPO em 2010.
Enquanto o COI e outras entidades esportivas se mantiverem passivas frente a essas absurdas agressões e se eximirem da obrigação e responsabilidade de banir os ofensores de todos os esportes no mundo todo, esses abusos e agressões continuarão. Só ações drásticas, em forma de expulsões, servirão para mudar esse comportamento errático inaceitável.
O mau comportamento dos atletas muçulmanos representam um problema maior, que transcende a arena esportiva. Xenofobia e anti-semitismo são parte da maioria do mundo islâmico. Nesse mundo medieval, o ódio a Israel permeia todos os campos, incluindo política, educação, religião, arte, cultura e esporte. O ódio é ensinado as crianças desde o nascimento e disseminado de geração em geração. É amplificado por instituições governamentais oficiais e está estampado em todas as faces da vida muçulmana.
Os danos causados por anos de lavagem cerebral e racismo institucional tomarão décadas, senão gerações, para serem revertidas. Com honrosas e raríssimas excessões, não parece que qualquer nação árabe ou muçulmana esteja fazendo esforços para mudar essa tendência deletéria. Na realidade, o que acontece é o completo oposto. A grande maioria dos egípcios, do mundo árabe e dos muçulmanos, aprova e aplaude a conduta de El Shahaby, para a desgraça do resto do mundo.